Diásporas apresenta três histórias sobre três povos fictícios. Em uma aldeia montanhesa, uma suspeita sobre a real existência de um de seus habitantes abre uma série de acontecimentos que alterará para sempre o modo de vida do pequeno povoado. Em uma ilha, uma tribo liderada por mulheres se vê às vésperas de ser deslocada para um continente. Por fim, em um território desértico, duas dissidências de um mesmo povo travam uma guerra de longa data, repleta de consequências. Ao aproximar as três histórias, os deslocamentos de seus personagens nos lançam interrogações sobre os movimentos migratórios






2017
De 11 de maio a 4 de junho • Quinta a sábado, às 20h • Domingo, às 18h
@ Sesc Pompeia
Com 45 atores em cena, música ao vivo e dramaturgia de Cássio Pires, “Diásporas”lança um olhar sobre os deslocamentos populacionais criando três povos fictícios pertencentes às culturas do Mar, da Montanha e do Deserto
Concebido e dirigido por Marcelo Lazzaratto, DIÁSPORAS foi criado a partir do pensamento sobre os movimentos migratórios da história mundial, que nesse mundo globalizado sacodem as estruturas, ressignificam geografias e territórios, trazem para a agenda dos governantes e empresários dos conglomerados financeiros, para os intelectuais de diversas disciplinas, para os artistas e cidadãos de todo o mundo o complexo debate entre identidade e alteridade.
Porém, a maior preocupação da Companhia foi não representar ou falar em nome de nenhum povo específico ou de alguma diáspora que aconteceu historicamente. “As questões de cada cultura são muito delicadas e complexas, dependentes de um conhecimento de causa que jamais teríamos a pretensão de abarcar.Nosso objetivo inicial foi olhar para um tempo passado, onde a interação direta com a natureza estruturava maneiras de pensar e agir dos agrupamentos humanos, criando três culturas fictícias que pertencem ao Mar à Montanha e ao Deserto” explica o diretor.
Lazzaratto convidou duas jovens companhias para fazerem parte do elenco e somar os 45 integrantes que o projeto pede. São elas aCia. Histriônica de Teatro e Os Barulhentos, que trataram das questões dos imigrantes e refugiados em seus trabalhos mais recentes. O elenco ainda conta com ex-integrantes da Cia. Elevador que fizeram parte do coletivo nesses 17 anos de história. O cenário e o figurino são assinados por Chico Spinosa e a música executada ao vivo pelos atores é composta por Greg Slivar, que também está em cena para executar a trilha juntos com os atores.
A encenação – O Mar, a Montanha e o Deserto
O espetáculo Diásporas contará com 45 atores e o compositor da trilha. Esse número vem da necessidade de colocar na cena grandes coletivos que se movimentam livremente.
Toda a equipe de criação, atores, músicos, figurinista, cenógrafo, maquiador, iluminador e diretor conceberam 3 povos, – 3 culturas – com 15 atores cada, que se movimentam pelo espaço cênico em Campo de Visão revelando estas culturas através de ritmos, musicalidade, simbologias, padrões de movimento, língua, gestualidade.
“Diásporas pretende ser um espetáculo em que elementos fundadores dessas três culturas nasçam da relação com ambientes geográficos distintos e contundentes: temos uma cultura que nasce na Montanha, uma outra no Mar e ainda outra no Deserto. O Vento, elemento símbolo da polinização e dispersão e pertencente indistintamente em cada uma dessas regiões geográficas é o conceito que rege toda a encenação”, conta Marcelo Lazzaratto.
O espetáculo se estrutura em três atos:
Ato I – Mito de origem – nascimento e instauração de cada uma das três culturas.
Ato II – Cataclismos e/ou guerras promovem a saída de cada cultura de seu ambiente de origem, iniciando o processo diaspórico.
Ato III – Encontro entre os indivíduos das culturas em um local não pertencente a eles: tensão e alteridade.
Movimentos populacionais poderão ser vistos na cena, tendo o Campo de Visão como estruturador dessas ações e, aos poucos, através de dinâmicas regidas pela encenação e dramaturgia, esses “povos” se encontrarão e passarão a interagir tencionando relações e assimilando características.
“Se historicamente as diásporas acontecem motivadas por algo negativo àquela sociedade, não necessariamente a conclusão do seu movimento será negativa. A dispersão, inúmeras vezes, proporciona intersecção de culturas, miscigenação, diversidade cultural e convívio com as diferenças… e a esses aspectos a encenação está atenta e disposta a revelar”, completa o diretor.
Dramaturgia Cênica e Direção: Marcelo Lazzaratto / Assistência de Direção e Preparação Corporal: Dirceu de Carvalho / Atores da Cia.: Carolina Fabri, Marcelo Lazzaratto, Pedro Haddad, Rodrigo Spina, Tathiana Botth e Thaís Rossi / Atores convidados: Eduardo Okamoto, Marina Vieira e Rita Gullo / Iluminação: Marcelo Lazzaratto / Cenário: Julio Dojcsar / Figurino: Silvana Marcondes / Música original: Dan Maia / Técnicos de Som: Anderson Moura e Gabriel Bessa / Técnico de Luz: Lui Seixas / Contrarregra: Tiago Moro / Costureira: Atelier Judite de Lima / Cenotécnico: Fernando Lemos (Zito) / Adereços: Marina Vieira / Maquiagem: Cia. Elevador de Teatro Panorâmico / Interpretação em Libras: Fabiano Campos / Audiodescrição: Bell Machado – QUESST CONSULTORIA EM ACESSIBILIDADE CULTURAL / Assessoria de Imprensa: Pombo Correio / Fotografia: João Caldas / Projeto Gráfico: Alexandre Caetano / Oré Design Studio / Assistência de Produção: Larissa Garcia / Produção executiva: Marcelo Leão / Produção: Anayan Moretto

Contato
Vila6 Produções Lili Molina
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